sábado, 29 de novembro de 2008

Uma História de Mistério.




© 2008 Vinnicius Silva da Rosa


A janela aberta do quarto dava as boas vindas aos mosquitos. O ventilador tentava refrescar as idéias de João, e a lâmpada do quarto iluminava suas fracas idéias. Ele tentava, incansavelmente, escrever uma história. Uma história de mistério. Já estava pronta na sua memória, mas ela teimava em não se apresentar para o mundo. João recostou-se na cadeira, olhou para a janela e se levantou. Foi até ela.

Debruçou-se sobre a janela e observou o mar liso daquela noite. O vento havia se escondido atrás das montanhas. Mas ele resolveu dar a volta. O forte vento explodiu a porta do corredor. As cortinas começaram a enlouquecer, e João voltou para dentro. Deixou que aquele ar frio vindo lá de fora melhorasse o ambiente. Logo, fechou a janela. Foi até a escrivaninha e viu que as folhas estavam espalhadas pelo chão. Juntou uma a uma e as colocou sobre a mesa. Espantou-se. A história estava escrita. Era um mistério.


sábado, 15 de novembro de 2008

Verde


© Vinnicius Silva da Rosa


A menina caminhava na grama molhada, observando os passarinhos e as borboletas voarem para o infinito. O sol fazia a grama brilhar. Foi até a beirada do monte para observar o mar.

Jogou-se.

Lançou-se ao vento, acariciando o seu reflexo na água. Mergulhou em suas vontades. Nadou por entre as pedras, com os peixes nadou.

Seus cabelos molhados emergiram na outra margem. Ela olhou para trás e sorriu. Aquele céu de anil se uniu com a água azul. E o sol se destacou no pôr-do-sol. A pequena menina foi embora.

Sua aldeia, sua família, sua inocência... Permaneceram com ela, voando para o infinito.

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