© 2008 Vinnicius Silva da Rosa
A janela aberta do quarto dava as boas vindas aos mosquitos. O ventilador tentava refrescar as idéias de João, e a lâmpada do quarto iluminava suas fracas idéias. Ele tentava, incansavelmente, escrever uma história. Uma história de mistério. Já estava pronta na sua memória, mas ela teimava em não se apresentar para o mundo. João recostou-se na cadeira, olhou para a janela e se levantou. Foi até ela.
Debruçou-se sobre a janela e observou o mar liso daquela noite. O vento havia se escondido atrás das montanhas. Mas ele resolveu dar a volta. O forte vento explodiu a porta do corredor. As cortinas começaram a enlouquecer, e João voltou para dentro. Deixou que aquele ar frio vindo lá de fora melhorasse o ambiente. Logo, fechou a janela. Foi até a escrivaninha e viu que as folhas estavam espalhadas pelo chão. Juntou uma a uma e as colocou sobre a mesa. Espantou-se. A história estava escrita. Era um mistério.