sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O Fim do Infinito

© 2007 Vinnicius Silva da Rosa

Meu professor de física não aceita o fato de que duas retas paralelas nunca se encontram. Segundo ele, se adotarmos como referência a nossa visão, os trilhos da viação férrea (linhas paralelas), por exemplo, se encontram lá ao longe. Tudo fica menor ao longe. O que parece pequeno é grande, o que parece finito é infinito...

Se alguém está onde as linhas paralelas da minha visão se encontram, significa que eu não existo. Ao mesmo tempo, eu não posso ver esse alguém também! Será que, para cada um de nós, o mundo é finito quando adotamos um pondo de vista errado? Devemos acreditar no que vemos?

Aquilo que parece ser, não é. E o que é, não aceitamos. Se não soubermos a verdade, o final da linha terá um fim. A verdade é que o fim é infinito.

FIM

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Voando


© 2007 Vinnicius Silva da Rosa

Quando o nosso barco voador alcançou o topo da montanha, ficamos apreensivos. Os pássaros nos recebiam dando vôos rasantes. Podíamos ver as nuvens encobrindo a nossa cidade, lá ao longe. Descemos do barco por uma corda e logo em seguida o barco foi embora. Caminhamos alguns metros procurando o cristal.
Silêncio...

Gritos, discussões e empurrões se iniciaram. Onde estaria o Cristal? Nós estávamos no alto do nada, preocupados porque os cavalos alados não chegavam. Assim, não teríamos como voltar rapidamente para casa.

Dormimos.

Acordei de manhã com o sol queimando o meu rosto. Os outros haviam desaparecido. Eu podia ver a minha cidade, visível naquele momento, mas eu não podia voltar. Onde estariam os outros?

Uma luz muito forte desenhou minha sombra nas pedras, olhei para trás e vi um cristal gigante brilhando.

Era a minha mãe, estava na hora de ir para a aula.

FIM

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Arranha-céu


© 2007 Vinnicius Silva da Rosa

Eu ainda estava no elevador, com um copinho de café queimando a minha mão, quando o meu telefone celular tocou. A porta do elevador se abriu, joguei o copinho no lixo do corredor e fui até a saída do prédio. O meu telefone insistia, mas eu não queria atendê-lo. Eu só queria fazer uma coisa: ir para casa. Eu sempre caminhava dois quilômetros, nem me incomodava. Mas naquele dia eu não queria caminhar. Eu só queria tomar um ar, respirar... Na verdade, o trabalho não me deixava respirar. Ele me perseguia no celular, eu não queria atender, não queria trabalhar. No caminho de casa, avistei um bar. Pensei em entrar, mas eu não queria me afundar como alguns amigos.

Atravessei a rua e de repente um carro me pegou.

Uma mão macia e agradável me acordou, tocando o meu rosto, no quarto do hospital. Era a minha menina. Foi ela que me chamou insistentemente no elevador, não era o trabalho.

Trabalho, eu só pensava nele... Acho que vou adiar a reunião desta noite.

Os cinco.

Gabriela Vargas, do A Dona da História, uma das únicas admiradoras do meu blog (será?), deu-me de presente o selo: The Power of Schmooze.


O prêmio foi criado pelo Mike do Ordinary Folk. Este prêmio é uma tentativa de reunir os blogs que são adeptos aos relacionamentos "inter-blogs" fazendo um esforço para ser parte de uma conversação e não apenas de um monólogo.Antes das regras, vale aqui uma definição de SCHMOOZE, vocês não vão encontrar facilmente o termo em algum dicionário convencional.
Regras:

1. Se, e somente SE, você receber o "Thinking Blogger Award" ou "The Power of Schmooze Award", escreva um post indicando 5 (cinco) blogs que tem esse perfil "schmoozed" ou que tenha te "acolhido" nesta filosofia. (se não entendeu, leia a explicação no parágrafo anterior de novo).

2. Acrescente um link para o post que te indicou e um para o post do Mike, para que as pessoas possam identificar a origem deste meme.

3. Opcional: Exiba orgulhosamente o "Thinking Blogger Award" ou o "The Power of Schmooze Award" com um link para este post que você escreveu.



Os cinco indicados são:

A Dona da História – Gabriela Vargas
Cotidiano – Lia Noronha
Foto Diário – Mário Henriques
Placeres Sencillos – Marina Maia
Um Ser Estranho- Jú M.

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