© 2009 Vinnicius Silva da Rosa
Em certos momentos, as pessoas tem ideias um pouco malucas. O menino desceu a ladeira freneticamente, pedalando como se quisesse voar. Usava duas asas nos braços, feitas de lençóis e de madeira leve. À frente, existia um rio com uma tábua formando uma ponte improvisada. E o menino pedalou, pedalou... A tábua rodopiou e saltou dois metros de altura, caindo, depois, nas águas profundas... Ele conseguiu passar. Largou a sua bicicleta em frente ao casebre e bateu na porta. Insistiu... Ninguém deu sinal de vida. Tentou espiar pela janela, mas o reflexo não permitia revelar nada do que se passava lá dentro. Ergueu os braços: “Ai dento!”. Reforçou: “Essa porta, um dia, eu arrebento”. Ao voltar, caiu na vala.
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